Outro
problema enfretado por D. Pedro II foi a crise com a Igreja Católica.
A
situação da Igreja Católica durante o Império
Durante
todo o Império, a Igreja Católica foi uma das bases do governo,
pois grande parte do clero ocupava altos cargos. Além disso,
a Constituição de 1824 havia instaurado no Brasil a união entre
Igreja e Estado. Era o regime do padroado, isto
é, o Imperador tinha o poder de nomear os bispos, exercendo controle
sobre a Igreja. Ele ficava encarregado de sustentar o clero, pagando
seus salários, patrocinando construções de igrejas, etc.
Imperador
X Igreja - A crise
A
crise se agravou em 1864. O papa Pio IX, através da bula Syllabus,
proibiu a permanência de membros da maçonaria
nos
quadros da Igreja. Com isso o papa desejava limitar o poder paralelo
que representava a maçonaria no Brasil.
Um
impasse surgiu:
a
quem o clero deveria obedecer?
Ao
Imperador ou ao Vaticano?
Alguns
bispos permaneceram fiéis ao imperador, porém os bispos de Olinda
(D. Vidal de Oliveira) e o de Belém (D. Antônio de Macedo) expulsaram
de suas dioceses os padres envolvidos com a maçonaria. O imperador
não gostou, puniu esses bispos e condenou-os à prisão com trabalhos
forçados. Tal fato provocou revolta nos meios eclesiásticos brasileiros.
Os problemas da monarquia se agravavam, e o imperador não poderia
mais contar com o apoio da Igreja Católica.
A
situação do imperador, que já não era boa, piorou.... Estávamos
a um passo da República...